Você já parou para pensar em como a disposição dos produtos no supermercado influencia diretamente nas vendas?
Por isso, a setorização vai muito além de agrupar itens semelhantes: trata-se de planejar cada metro quadrado do ponto de venda para estimular o consumo. Afinal, quando bem estruturado, o mercado se torna mais atrativo, prático e lucrativo.
Neste conteúdo, você vai entender como aplicar a setorização de maneira estratégica, quais setores são indispensáveis e como essa organização pode ser a chave para vender mais todos os dias.
Por que a setorização deve ser estratégica?
A setorização não é apenas organização visual. É algo que influencia diretamente os resultados do negócio:
- Um layout bem planejado torna a navegação mais intuitiva para o consumidor;
- Setores bem posicionados incentivam a compra por impulso;
- Incentivam ainda o consumo complementar (por exemplo, carnes e temperos);
- A divisão por setores permite controlar melhor as entradas e saídas de produtos;
- É mais simples criar áreas promocionais e destaques estratégicos;
- Facilita processos de limpeza em açougues, padarias e áreas de alta movimentação;
- A equipe se organiza melhor para repor produtos e oferecer um atendimento ágil;
E o mais importante: quando o consumidor encontra tudo com facilidade e percebe lógica na disposição dos produtos, tende a voltar mais vezes e gastar muito mais.
Quais são os setores mais comuns no varejo alimentar?
No Brasil, os supermercados costumam se organizar com os seguintes setores:
- Açougue;
- Hortifruti;
- Padaria;
- Produtos de higiene pessoal;
- Produtos de limpeza;
- Frios e laticínios;
- Adega e bebidas;
- Enlatados;
- Cereais, grãos e produtos integrais;
- Pet shop.
Independentemente do tamanho do mercado, é importante que o consumidor encontre todos os setores descritos.
Como organizar os setores de forma estratégica?
Existem diferentes princípios da disposição dos produtos em um mercado. Abaixo, você pode conhecer os principais.
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Agrupamento por tipo de consumo
Organizar os setores com base em hábitos de consumo facilita a vida do cliente e estimula compras complementares. Por exemplo: montar uma “área do churrasco” com carnes, carvão, pão de alho, bebidas e temperos próximos uns dos outros.
Outra dica é fatiar as peças de carne no ponto de venda, com o açougueiro preparado para dar dicas de preparo e recomendar outros produtos disponíveis, como temperos e acompanhamentos.
Isso reduz o tempo de busca, melhora a percepção de conveniência e aumenta o volume de itens no carrinho.
Além disso, esse agrupamento pode ser temático (como festas juninas, verão, Páscoa, entre outros) ou funcional (como café da manhã, limpeza da casa e lanche rápido).
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Fluxo de compra e jornada do cliente
Planejar a disposição dos setores de acordo com o caminho natural que o consumidor percorre dentro da loja é outra abordagem.
A entrada do mercado, por exemplo, costuma ser usada para produtos frescos e visualmente atrativos (como hortifruti), que criam uma boa primeira impressão.
Já os produtos de necessidade básica e alta rotatividade (como arroz, feijão, leite, entre outros) costumam ficar ao fundo, incentivando o cliente a atravessar o mercado e visualizar outros setores.
Essa lógica aumenta o tempo de permanência e a exposição a itens que o consumidor não compraria inicialmente.
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Setores de atração nas extremidades
Setores que chamam atenção e atraem fluxo, como padaria, hortifruti, açougue e bebidas, são estrategicamente posicionados nas laterais ou fundos da loja para atrair o cliente até essas áreas.
Essa técnica ajuda a distribuir melhor o tráfego no ponto de venda e evita que algumas áreas fiquem com circulação baixa.
Além disso, essas categorias costumam gerar mais percepção de frescor e qualidade, o que impacta diretamente na imagem da loja.
Setorização para aumentar o faturamento: dicas práticas
Para vender muito mais e potencializar resultados com a setorização do mercado, coloque as seguintes sugestões em prática:
- Priorize áreas com maior giro com produtos de alta rotatividade;
- Use sinalização clara e intuitiva;
- Crie setores “temáticos” ou sazonais;
- Coloque lançamentos e ofertas em áreas de maior visibilidade e circulação;
- Adapte a setorização conforme o comportamento de compra;
- Adapte-se ainda a datas comemorativas;
- Invista em iluminação e ambientação por setor;
- Aproveite as datas comemorativas para criar espaços temáticos;
- Jamais deixe produtos sem preços em exposição;
- Mantenha os setores abastecidos e organizados.
O consumidor precisa encontrar o que precisa com facilidade. Se sua setorização é organizada, ele sempre acabará comprando mais. Organização vende!
Erros comuns na setorização de lojas: o que não fazer em seu ponto de venda
Saber o que não fazer é também importante. Acompanhe:
- Não misture produtos que não têm relação de consumo;
- Evite excesso de mudanças na disposição de produtos;
- Não deixe setores mal sinalizados;
- Não posicione produtos de alto giro em áreas de difícil acesso;
- Não crie “zonas paradas” com pouco tráfego.
A falta de organização pode reduzir o ticket médio e gerar perdas invisíveis, além de dificultar a fidelização do público.
O açougue é a grande estrela na setorização
O setor de açougue é um dos mais relevantes para o varejo alimentar, tanto pelo volume de vendas, quanto pela fidelização que gera.
Por isso, o açougue deve ser organizado e tratado como um setor de alto valor estratégico. Posicioná-lo próximo à área de frios, temperos, carvão, bebidas e itens para churrasco favorece a venda por conveniência e estimula compras associadas.
Além disso, manter a vitrine limpa e bem iluminada fortalece a confiança do consumidor e transforma o açougue em um diferencial competitivo, especialmente quando o mercado trabalha com cortes especiais ou produtos exclusivos.
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